sábado, 3 de março de 2012

A partida!

Algum dia voltará, se não afundar!

O dia de partir é aquele de sustentar auroras na proa e soltar âncoras nas ilhas do céu.
Nessa hora haverá ventos limpos num cais parado,
 barcos amanhecidos de conveses molhados.
Absurdo será o mar, submersa será a vida.
Nesse dia surgirá uma pressa ferida como uma loucura desamparada,
 as malas terão o sopro da brisa e o caminho a força das águas.
Nessa noite nascerá uma lua assustada com estrelas em desalinho,
 no brilho delas aviaremos rudes máscaras de linho.
Para esse tempo farei com cristais de insônia um navio de vidro
que singrará até o fim todas as correntezas que navegam em mim .
(Lindo comentário enviado por uma amiga )

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